Área de atuação > Educação Antirracista > Prêmio Educar > Práticas
A Catucateca tem em sua gênese a resistência contra hegemônica de monopolização do conhecimento, fomentando o empoderamento dos quilombolas, sejam crianças, jovens ou adultos, discentes ou não da UEF. Catucá. A mesma se propõe a criar mecanismos que possam colaborar com o desenvolvimento cognitivo, artístico social do povo quilombola e não quilombola, tornando-se um espaço público que contribui para a emancipação onde a simplicidade aflora de forma positiva, criativa e inovadora em pleno ano pandêmico de 2021.
Despertar e fortalecer o interesse pela leitura sobre a temática das Relações Étnicos Raciais e de outras etnias, bem como fomentar um processo educativo referente a formação de leitores e de usuários que possibilitem a preservação dos acervos como patrimônio público e de uso coletivo.
Os livros paradidáticos foram distribuídos a princípio no carrinho de mão juntamente com os livros didáticos e atividades, acompanhados de uma ficha de leitura para as crianças; os discentes cuidam e substituem o acervo semanalmente; Posteriormente o acervo foi disponibilizado em esteiras, balaios, cavaletes no terreiro da escola diariamente, onde o empréstimo é registrado em um caderno de protocolo pelos próprios usuários, existindo também a caixinha de avaliação para a comunidade.
As ações propostas pelas coordenações das educações do campo e quilombola são desenvolvidas pelas professoras da Educação Infantil e Ensino Fundamental I por meio de ações da Catucateca nos Terreiros como contações de histórias, rodas de discussões sobre gênero e sexualidade, realização de leitura pelas crianças às horticultoras/es no momento em que realizam o trabalho na horta, atividades artísticas, como pinturas de panôs, desenhos, penteados afros, oficina de tambor de crioula, dança afro, releituras de obras de artes, intercâmbio cultural entre escolas da zona urbana e a UEF. Catucá.
O reconhecimento como o único quilombo que possui uma biblioteca de cunho escolar/comunitário exposta no Terreiro; As mães realizam com maior frequência leitura deleite com suas crianças a noite, fortalecendo vínculos familiares; A valorização da identidade cultural, religiosa e artística fortaleceram-se, perceptível nas brincadeiras no campo de futebol no fim da tarde, na sala de aula ao esperar pela professora, seja nos jogos de tabuleiros, na dança do terecô, nos meninos que se recusam a cortar os cabelos por se identificarem com cabelos crespos ou cacheados.
Dulcivania Cutrim dos Santos, Elizete rodrigues e Valdermocisliana Rodrigues Costa.